MITOS ISLÂMICOS

terça-feira, 19 de maio de 2015

O lamento amargo da mulher muçulmana

Por Jahanara Begum

"Allah Amader Kandte Dao!" Alá, por favor, Deixa-nos chorar em paz! - Jahanara Begum 

Por favor, Alá, deixa-nos sozinhas para podermos chorar em paz. Por trás do véu, longe do olhar público, queremos chorar até não podermos mais. Este é o único direito que  tu nos deste, por todo o mundo islâmico, onde as tuas leis são seguidos à risca.  O mundo está a passar por tantas mudanças, com tantas evoluções com o passar dos anos; ano após ano, novas descobertas são feitas tanto na ciência como nas filosofias no resto do mundo, melhorando em cima de ideias e crenças antigas. Mas nós estamos amarradas para sempre às tuas rígidas e imutáveis leis, Alá. Nunca houve alguém que tivesse vindo em favor da nossa emancipação.

A nossa sociedade é única. Homens tais como Raja Ram Mohun Roy ou Swami Vivekananda  não nascem na nossa sociedade. Nenhum Sharat Chandra avança na nossa sociedade, e escreve sobre o volume de lágrimas que corre nos nossos olhos. Muçulmanos educados tais como Badruddin Tyebji, Hamid Dalwai e outros tais como eles escreveram sobre as medidas que visam parar com a matança de vacas, mas falharam ao não dizer uma única palavra simpatética em nossos favor, mulheres muçulmanas.

Abdut Jabbar consegue escrever um volume enorme sobre os eunucos - e sobre os castrados das diferentes sociedades muçulmanas - mas não tem nada a dizer em nosso favor. Pelo menos Syed Mustafa Siraj foi honesto quando disse que os Hindus podem escrever sem medo sobre as injustiças e as imperfeições do seu sistema social, mas nós, muçulmanos, temos medo de criticar os defeitos da sociedade islâmica.

Nargis Sattar começou a escrever alguns artigos relativos às leis matrimoniais islâmicas e nós ficamos esperançosas. Mas essa esperança foi, mais uma vez, retirado de nós. Mais de 100 advogadas exigiram a emancipação das mulheres nas estradas de Lahore no Paquistão islâmico. Os "heróicos" polícias Paquistaneses atacaram as mulheres advogadas com paus e cassetetes.

Uma mulher que fazia parte do partido ADMK da Índia levantou o assunto da emancipação das mulheres Indianas muçulmanas no parlamento nacional, mas todos os membros progressistas do parlamento permaneceram calados em torno do assunto visto que ninguém queria ofender os mullahs fundamentalistas e perder os voto muçulmano.

Ó Alá! Os líderes políticos e os seus apoiantes que estão nesta terra são peculiares. Eles são tal como os eunucos que viviam entre as inumeráveis, belas e jovens mulheres dos haréns. Toda a luxúria, paixão e desejo sexual que tomava conta deles não lhes valia de nada visto que eles eram eunucos e, desde logo, totalmente desamparados. Os nossos líderes políticos são tais como esses eunucos.

Estes líderes usam palavras de alta sonoridade e nobres tais como "liberdade", "anti-discriminação", "secularismo" e muitas outras palavras bonitas, mas eles não têm os meios de colocar em práctica uma única destas palavra no dia-a-dia da nossa sociedade muçulmana. Devido a isto, o choro e o lamento das mulheres muçulmanas avança; e duma era para a outra.

As lágrimas são simbolizadas pelas águas que cobrem três quartos do planeta. Que existência horrível, desumana e ilógica que nós temos. Deixando para trás as suas centenas de concubinas, o octogenário sheik da Arábia vem para a Índia para se "casar" com uma adolescente muçulmana. O evento foi notificado em todos os jornais mas, note-se, nenhum líder político chega a registar um protesto. Nenhum mullah ou maulvi declara "jihad" ou guerra santa a tais ocorrências. Pelo contrário, o mullah preside tais "casamentos mutah" que têm a duração de apenas um curto período de tempo.

Que existência insuportável é para nós viver entre as co-esposas. Inúmeras crianças, ambiente pouco saudável, pobreza e falta de educação transformam as nossas vidas sociais em algo digno de chacota. Até as cabras e as vacas têm melhores vidas que nós.

As lutas frequentes entre as co-esposas, o puxar de cabelo uma da outra é tão degradante! E, queira Deus que não, se o miyan ou o marido se envolve na discussão, nós somos então espancadas como um animal até não podermos mais. E depois do espancamento, para tornar as coisas ainda mais degradantes, o miyan leva a outra esposa para o quarto e fecha a porta na nossa cara.

Se por acaso há o mais leve defeito na atenção da esposa às necessidades físicas do miyan ou do marido, então aí ela. Ela passa a sofrer continuamente uma incerteza viva, e uma ansiedade intensa. A palavra "talaq" ou divórcio pode-se abater sobre ela a qualquer momento. A mais pequena falta de atenção pode provocar um divórcio e tudo encontra-se nas mãos do marido muçulmano. Basta que a palavra "talaq" seja dita três vezes para que o mundo sob os pés da mulher muçulmana seja agitado. A consequência? Mão-de-obra barata ou prostituição.

As crianças sofrem com a falta de amor materno, com a falta dum sentido imenso de insegurança e com a presença dum ambiente pouco saudável. Se a criança conseguir sobreviver, então a sociedade é sobrecarregada com mais pedintes e mais criminosos. Claro que isto também acontece noutras sociedades, mas ocorre em número menor e, mais importante ainda, nas outras sociedades tais eventos não têm a permissão para ocorrer em nome da sua "religião", embora na nossa sociedade os mullahs preguem tal tratamento a nós mulheres em nome do "islão".

O lema entre nós é "reproduzam-se e lucrem" - apoderem-se da terra através da maior taxa de natalidade. E nós, as mulheres muçulmanas casadas, temos que carregar todo o peso de toda a operação. É por isso que nunca encontramos uma mulher muçulmana que não esteja a cuidar dum bebé ou não esteja grávida. Eles estão sempre com uma criança, e elas morrem jovens.

Nós observamos a vida das mulheres Hindus que vivem perto de nós. Que sentido de pureza,  que segurança e que confiança que rodeia as suas vidas. Onde está a esperança da castidade e de pureza nas nossas vidas?

Se o homem muçulmano se arrepende de se ter divorciado da sua esposa, se por acaso isso chegar a acontecer, ele não pode fazer nada em relação a isso. Alá, as tuas leis da "shariat" impedem o re-casamento com o ex-marido.

Por esta altura, o mullah entra em acção e faz com que a mulher se "case" com outro homem, e ela tem que consumar o "casamento" durante 3 dias e 3 noites, e então, e só então, ela pode voltar a ser "pura e virgem". Se por acaso o novo marido se divorcia da mulher tal como era suposto, só o antigo e arrependido marido se pode casar com ela.

Por outro lado, se a noiva se revela uma boa esposa, o novo marido pode não quer o divórcio, e é então que os problemas entre os dois homens começam. Têm início lutas que em muitos casos acabam em assassinatos.

Assim é a nossa vida, Alá! A quem iremos nós recorrer com as nossas queixas e com as nossas tristezas? Se nós nos revoltarmos, seremos agredidas fisicamente e punidas segundo as leis que tu nos deixaste, Alá. Se nós nos queixarmos, seremos acusadas de hipócritas, ou "munafiq". Em todas as outras religiões, o respeito é conferido de acordo com a castidade, com o auto-controle e com a pureza. Mas isto não acontece na tua religião, Alá. O único privilégio que nós temos é o de chorar.

Existem muitos muçulmanos "educados" que estão cientes disto, mas eles não protestam porque também eles estão determinados a divertirem-se à nossa custa. Esses muçulmanos que estão realmente emancipados, abandonam-nos e não se querem preocupar com os nossos problemas. Foi connosco em mente que Kazi Abdul Oclud disse a dada altura que, durante os últimos 1400 anos, o islão foi incapaz de acender a mais pequena vela como forma de erradicar as trevas da civilização humana.

Abu Syed Ayub passou todo o seu tempo a cantar canções Tagore, casou-se com a mulher Hindu Gouri Dutta e viveu uma vida livre e saudável como qualquer outro Hindu. Mohamnled Ali Karim Chagla fez mesmo. O Vice-Presidente Hidayetullah, líderes políticos tais como Sikandar Bakht, Dr. Jeelany, Syed Mujtaba Ali também fizeram o mesmo. De facto, todas as pessoas da nossa sociedade que ascenderam e passaram a ter uma vida civilizada longe das nossas misérias, dores e problemas, moveram-se mais próximas da sociedade dos Hindus (...).

Só nós, as abandonadas, é que ficamos para trás dentro da prisão sombria controlada pelos mullahs e pelos maulvis. Nós nada mais fazemos que chorar uma dor eterna. Nenhum escritor ou repórter escreve uma história sobre nós ou tenta entender a profundeza da nossa tristeza. O Governo Indiano deu-nos o direito de voto mas negou-nos uma vida matrimonial saudável e pacífica ao perpetuar o "Código de Casamento Pessoal Muçulmano". O "Projecto de Lei do Código Hindu" emancipou as mulheres Hindus mas nós ainda somos vítimas de prácticas poligamicas, e nenhum remédio foi avançado como forma de impedir os divórcios frívolos que existem dentro da nossa sociedade islâmica.

Em relação a isto, no passado, nós costumávamos confiar nos Marxistas. As mulheres muçulmanas do Tazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão encontraram a sua liberdade na Rússia Soviética. Nenhum sheik da Arábia as pode comprar e estas mulheres não passam as suas vidas entre crianças inumeráveis, gravidezes sem fim e lutas degradantes com as co-esposas. Elas vivem vidas com sentido e os mullahs não têm controle sobre elas.

Mas aqui, nas nossas terras, até os Marxistas estão sob o controle dos mullahs. Um Marxista como Mansur Habibullah foi para Meca, tornou-se num ‘Haji’ só para agradar os mullahs. E toda a gente sabe que na sua vida pessoal, Habibullah não se preocupa com a sua religião. A sua vida é como a vida dum Hindu lógico.

E devido a isto, Alá, nós estávamos a dizer que tu não deste a mais pequena oportunidade de termos uma pequena paz, uma pequena felicidade. A tua falta de preocupação por nós é eterna. Durante a Idade Média, era frequente os nawabs e os sultões terem milhares de mulheres nos seus haréns. A maior parte dos nossos dias de então eram passados a chorar. Algumas passavam os seus dias planeando conspirações, outras em libertinagem e outras passavam o seu tempo levando a cabo prácticas perversas. Nós éramos o combustível para a luxuria destes sultões. Lutas sem fim ocorreram entre irmãos, entre pai e filho, e mesmo entre os próprios devido a nós mulheres.

Certamente que a carruagem da civilização tem, lentamente, atravessado muitos caminhos. Mudanças radicais ocorreram noutras sociedade e noutros países. Até a queima da ‘suttee’, uma terrível práctica Hindu, foi erradicada devido ao progresso social. O casamento de homens muito velhos com noivas muito novas que eram comum ocorrer entre alguns Hindus, seguindo o sistema ‘Kaulinya’, foi abolido com o passar do tempo.

Muitos costumes e práticas sociais maus desapareceram nas outras sociedades. Até nas nossas sociedades islâmicas algumas boas mudanças têm ocorrido, mas elas têm sido sempre em benefício dos homens muçulmanos.

Existe uma pequena povoação perto de Basra no Iraque, que era bem conhecida por fornecer eunucos para os haréns dos nawabs. Quase 60% dos jovens rapazes que eram castrados lá, morriam. Esta carnificina hoje em dia acabou. Existem muitos muçulmanos tais como Idi Amin que têm numerosas esposas mas que já não têm eunucos para olharem por elas.

Mas para nós [mulheres muçulmanas] nada mudou. Os homens da nossa sociedade não têm preocupação alguma pelas mulheres.

Ao conferir alguns direitos de posse, eles pensa que foi feito muito em favor de nós mulheres muçulmanas. De que valem estes direitos de propriedade se os nossos casamentos encontram-se marcados por uma longa linha de divórcios e re-casamentos? A lei muçulmana tem, por outro lado, ajudado a que ocorra uma maior perseguição às mulheres muçulmanas. Se a mulher muçulmana dá entrada a um processo em favor das suas posses e dos seus direitos de pensão, então o tribunal muçulmano move-se muito devagar. Durante esse tempo, o marido pode voltar a casar sem que a lei islâmica lhe cause algum tipo de impedimento.

A lei local que ajuda as mulheres de todas as outras comunidades sob condições semelhantes não são de uso algum para nós mulheres muçulmanas porque é suposto nós seguirmos as leis do islão e nada mais. Foi Abdul Rauf quem escreveu no jornal Bengali ‘Jugaantar’ a descrever as tristezas das mulheres muçulmanas por todo o país, mas, ai de nós, não houve reacção. Apareceram algumas cartas a dar o seu apoio ao artigo e nada mais.

Mas os nossos líderes muçulmanos são muito sensíveis quando as questões centram-se nos seus interesses próprios. Muzaffar Hussain escreveu a partir do norte da Índia que o filme Hindi ‘Talaq, talaq, talaq’ foi renomeado para ‘Nikaah’ sob aconselhamento dos mullahs porque estes disseram que ao afirmarem o nome do filme às suas esposas, os maridos muçulmanos estariam a pronunciar as três palavras mágicas que iriam colocar imediatamente um ponto final no casamento.

Estes homens são curiosos porque têm medo de pronunciar a palavra "talaq" mas nada fazem para erradicar os divórcios frívolos. Um grande número de mulheres muçulmanas leva uma vida desamparada e miserável devido a abominável práctica do "talaq", mas os "piedosos" muçulmanos não se preocupam com isto.

Os soldados islâmicos do Paquistão de Yahya Khan violaram centenas de milhares de mulheres do Bangladesh e mais de 200,000 mulheres engravidaram. Mais tarde, um grande número destas mulheres enlouqueceu, e enquanto o mundo islâmico manteve um silêncio total, só Mujibur Rahman as tentou ajudar.

O Irão de Khomeini está, actualmente, a matar centenas de mulheres devido ao facto delas não darem o seu apoio ao seu regime. Consequentemente, e em nome do islão, estas mulheres estão a ser chacinadas. Vishnu Upadhyay já escreveu sobre o incidente no jornal ‘Aaj Kal’, mas ninguém disse uma única palavra; o mundo islâmico continua em silêncio.

Em qualquer outra sociedade, se a mulher é violada. os jornais causam um tumulto geral, gerando uma corrente de protestos dentro da comunidade. O islão significa paz. Observar em silêncio a perseguição de mulheres talvez seja esta paz. Tal falta de preocupação para com as as mulheres tem impedido a melhoria das nossas condições.

Nenhum bênção ou demonstração de benevolência dos teus anjos foi conferida a nós e como tal, Alá, estamos-te a revelar uma vez mais a nossa tristeza. Tu és o dono deste mundo e do universo. É a ti que estamos a dirigir as nossas queixas. Tu tens-nos negado uma vida feliz.

Se por acaso nós somos uma das muitas mulheres dum muçulmano rico, então passamos os nossos dias com ciúmes, rivalidades e gravidezes sem fim. Se, por outro lado, nós pertencemos a um marido pobre, então existe o trabalho forçado durante o dia todo, e uma gravidez a seguir a outra. Onde quer que nós andemos, a espada do "Talaq" ou divórcio paira sobre as nossa cabeças. A incerteza e a insegurança das nossas vidas não só nos afecta a nós, como também afecta as nossas crianças. Elas não tê escolha senão levar uma vida de pedinte ou de crime.

Já viste [ó Alá] as multidões de mulheres muçulmanas e dos seus numerosos filhos a vaguear pela estação de Howrah em Calcutá. Podemos saber que elas são muçulmanas pela presença próxima dos mullahs barbudos. A única preocupação destes mullahs é garantir que estas mulheres continuem a ser muçulmanas. Eles não estão preocupados com a sua saúde, com o seu bem-estar, com a sua segurança, e nem nutrem por elas algum sentido de preocupação humana.

E devido a isto, as mulheres muçulmanas não têm nada por que esperar mas existem muitas lágrimas para derramar, e muito choro que não tem remédio. E por isto, nós falamos a ti, ó Alá, que tu só nos deste um único privilégio e ele é o de chorar. Por isso, deixa-nos chorar em paz e deixa-nos em paz.



- http://bit.ly/1L0kC1b

2 comentários:

  1. Não se vê nenhum protesto da parte das "feministas", tampouco dos marxistas e outros apologistas do "multiculturalismo", diante da violação dos direitos humanos no que tange às mulheres muçulmanas.

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  2. Existem 'globalization-lovers' (que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa), e existem 'globalization-lovers' nazis (estes buscam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones).
    {nota: nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim... a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros}
    ---> Há que mobilizar - ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS - aqueles nativos que se interessam pela sobrevivência da sua Identidade!
    .
    .
    Obs : se não estiverem dotados de um eficiente exército de autodefesa (SEPARATISMO-50-50) os parvalhãozitos dos PNR's (e afins) ficarão à mercê de muçulmanos já naturalizados (nota: estão com uma demografia imparável - tratam as mulheres como úteros ambulantes) tal como algumas minorias já ficaram à mercê do ISIS.

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