MITOS ISLÂMICOS

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Militantes Sunitas capturam cidade de Fallujah

Depois de confrontos com a duração de 3 dias, militantes ligados à al-Qaeda capturaram a cidade ocidental de Fallujah, colocando a sua bandeira nos edifícios governamentais. Hadi Razeij, líder das forças policiais da província de Anbar, afirmou que a polícia abandonou por completo a zona central da cidade e posicionou-se na periferia da povoação.Falando para a al-Arabiya, ele afirmou:

As paredes da cidade estão nas mãos das forças polícias, mas os habitantes de Fallujah são prisioneiros do ISIL.

Fallujah, juntamente com Ramadi, a capital provincial, era a fortaleza dos insurgentes Sunitas durante a guerra contra o Iraque liderada pelos EUA. Os militantes ligados à al-Qaeda tomaram conta da maior parte de ambas as cidades e têm estado a resistir às investidas governamentais desde então.

O "U.S. State Department" expressou as suas preocupações numa declaração, afirmando que, como forma de "derrotar o nosso inimigo comum", continuariam a trabalhar com as autoridades iraquianas e com as tribos locais contra o grupo ISIL. A porta-voz Marie Harf disse ainda:

Estamos também em contacto com os líderes tribais da província de Anbar, que têm revelado enorme coragem à  medida que lutam como forma de expulsar estes terroristas das suas cidades.

O "The Washington Post" reportou que pelo menos 8 pessoas foram mortas e outras dezenas foram feridas na Sexta-Feira à noite à medida que o exército iraquiano tentava voltar a ter o controle da cidade. O exército havia recebido ajuda por parte das tribos de Ramadi (fortaleza Sunita).

Tribos com expressão relevante voltaram-se contra a al-Qaeda antes da retirada Americana no final de 2011, mas também não apoiam o governo iraquiano liderado por Xiitas, o que cria um estranha aliança na guerra contra os militantes. O número total de mortes resultantes da violência que começou há pouco tempo ainda não se sabe ainda.

Na Sexta-Feira, atiradores da al-Qaeda buscaram formas de conquistar os corações da população de Fallujah, o que levou a que o comandante dos militantes aparecesse perante os adoradores duranta as rezas de Sexta-Feira na estrada principal, proclamando que os combatentes estavam ali para defender os Sunitas dos ataques do governo. Usando um carro policial roubado à polícia, os militantes gritaram:

Somos vossos irmãos no Estado Islâmico do Iraque e do Levante [ed: "Islamic State in Iraq and Levant" = ISIL] e estamos aqui para vos proteger do governo.

A conquista de Fallujah e de Ramadi (outra fortaleza Sunita) por parte do ramo iraquiano da al-Qaeda é um revés para o governo Xiita do primeiro ministro al-Malik. O seu governo tem batalhado para conter o descontentamento entre a minoria Sunita causado pelo domínio político Xiita, que causou um aumento da violência durante o ano passado.

A província de Anbar, uma área deserta ne fronteira entre a Síria a Jordânia, tem practicamente uma população exclusivamente Sunita. A área serviu de palco para a insurgência Sunita que se levantou contra as tropas americanas e contra o governo Iraquiano depois da invasão de 2003 que derrubou Saddam Hussein.

A insurgência actual foi alimentada pela raiva causada pelo transferência de poder da sua comunidade, durante o tempo de Saddam, para os cada vez mais poderosos Xiitas. Foi por essa altura que a al-Qaeda estabeleceu um ramo dentro do país.

Há alguns dias atrás as autoridades prenderam um político Sunita de renome e confrontam uma manifestação Sunita em Ramadi que já durava há alguns meses. Isto gerou raiva entre os Sunitas. 

Como forma de acalmar as tensões, Al-Maliki retirou os militares das cidades de Anbar como forma de transferir os deveres de segurança para a polícia local - visto que os Sunitas haviam exigido isto mesmo uma vez que olhavam para os militares como instrumentos do poder de Al-Maliki. Foi aí que a al-Qaeda atacou Fallujah e Ramadi, devastando a delegacia da polícia e libertando os prisioneiros.

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